Os alunos foram divididos por dois grupos e tiveram direito a visita guiada. Ao mesmo tempo que iam apreciando as duas exposições temporárias actualmente patentes no Centro Português de Fotografia (uma delas sobre os concelhos da região Duriense), a simpática guia ia elucidando alunos e professores sobre a história do espaço actualmente transformado em centro de fotografia. A antiga Cadeia da Relação do Porto é um local cheio de pequenas histórias.
Ficámos a saber que os reclusos estavam dispostos por andares, sendo que os mais pobres ficam nas frias enxovias do rés-do-chão, os da classe média eram colocados em salões de soalho e paredes de argamassa do segundo andar, enquanto os presos mais importantes (como o escritor Camilo Castelo Branco) tinham à sua espera celas individuais no terceiro andar. A cela de Camilo Castelo Branco tinha um extraordinária vista sobre a cidade que, por certo, serviu de fonte inspiradora a alguns dos seus mais famosos romances.
Os alunos perceberam ainda que havia uma divisão clara entre a parte do Tribunal e a parte da Cadeia, bem visível até na beleza arquitectónica dos espaços, como como muito documenta a reportagem fotográfica de João Duro.
No andar superior, podemos apreciar uma interessante exposição de máquinas fotográficas antigas, com especial destaque para "aquele pequeno monstro" inicial que nos fez recuar aos primórdios da fotografia.
Como estávamos numa cadeia, não pudemos deixar de reparar nas antiquíssimas fotos de presos famosos e menos famosos da Antiga Cadeia da Relação.
O tempo da visita passou a voar, o que só demonstra como foi criteriosa a planificação desta visita de estudo pelo professor Antero Pereira.
Num edifício cheio de História e de memórias nada melhor de que um Centro de Fotografia para o documentar.
Aprecia as fotos e deixa o teu comentário.
Que bela maneira de acabar o dia, com o casario da Bela Invicta aos pés!
ResponderEliminarParabéns a todos! Parabéns a fotógrafo pela magnífica reportagem fotográfica.